sexta-feira, 8 de abril de 2011

GEOGRAFIA

Acidentes geográficos

Maiores rios, oceanos e desertos do planeta

Veja lista dos acidentes geográficos mais conhecidos do planeta: os maiores oceanos, os mares mais extensos, os maiores rios do mundo, os maiores desertos, as maiores altitudes, as maiores quedas d'água, os lagos mais extensos e as maiores ilhas da Terra.

Maiores acidentes geográficos
Os oceanos *
Área (km2)
Profundidade máx. (m)
Pacífico
179,7 milhões
11.524
Atlântico
106,1 milhões
9.220
Indico
74,9 milhões
9.000
 
Os três mares mais extensos
Área (km2)
Profundidade máx. (m)
Mar da Arábia
3,68 milhões
5.800
Mar da China Meridional
3,45 milhões
5.560
Mar do Caribe
2,75 milhões
7.680
 
Os três maiores rios
Localização **
Extensão (km)
Amazonas
Brasil
6.868
Nilo
Egito
6.671
Xi-Jiang
China
5.800
 
Os três maiores desertos
Localização
Extensão em km2
Saara
Norte da África
8,6 milhões
Gobi
Mongólia e noroeste da China
1,3 milhão
Kalahari
Sudoeste da África
930 mil
 
As maiores altitudes
Localização
Altura (m).
Everest
Nepal/China
8.848
K-2
Paquistão/China
8.611
Kanchenjunga
Nepal/índia
8.598
 
As três maiores quedas d’água
Localização
Altura(m)
Salto Angel
Venezuela
979
Tugela
África do Sul
914
Utigard
Noruega
800
 
Os três lagos mais extensos
Localização
Área (Km2) – Profundidade máx. (m)
Mar Cáspio
Oeste da Ásia
371 mil – 1.025
Superior
EUA/Canadá
84 mil – 406
Victoria
Uganda/Tanzânia/Quênia
68 mil– 73
 
As três maiores ilhas
Área (km2)
Groenlândia
2,18 milhões
Nova Guiné
785 mil
Bornéu
736 mil
 
* Alguns geógrafos consideram o oceano Glacial Ártico (com 14,09 milhões de km não como um oceano, mas como um mar formado pelo oceano Atlântico.A área do Atlãntico mencionada nesta tabela inclui o Ártico.
** Principal país que o rio atravessa.

Aquecimento global - causas

Mudanças climáticas afetam vida no planeta

Ronaldo Decicino*
Especial para Página 3 Pedagogia & Comunicação
Foto: Wilsom Dias/Abr
A derrubada de florestas é uma das causas do aquecimento gobal
O aquecimento global é o resultado da emissão excessiva de gases do efeito estufa na atmosfera, principalmente o dióxido de carbono (CO2). Esse excedente forma uma camada que fica mais espessa a cada ano, impedindo a dispersão da radiação solar e, em consequência, aquecendo exageradamente o planeta.

O aquecimento global está ligado a fenômenos como o degelo nas regiões polares e o agravamento da desertificação. Um aumento de 1o C na temperatura média da Terra seria o suficiente para alterar o clima de várias regiões, afetando a biodiversidade. De acordo com os cientistas do Painel Intergovernamental em Mudança do Clima, da ONU, o século 20 foi o mais quente dos últimos 500 anos, com aumento da temperatura média entre 0,3 oC e 0,6 o C.

Segundo os cientistas, as causas do aquecimento global são, principalmente, a derrubada de florestas e a queima de combustíveis fósseis - petróleo, carvão e gás natural -, atividades cada vez mais intensas desde o início da Revolução Industrial, em meados do século 18. Esses três combustíveis correspondem a mais da metade das fontes de energia do mundo. Formam, portanto, a base da atividade industrial e dos transportes.

Entre as causas, ainda podemos citar o excesso de gases como metano e óxido nitroso, que são gerados, sobretudo, pela decomposição do lixo, pela pecuária e pelo uso de fertilizantes.

Substâncias químicas artificiais

O dióxido de carbono é um gás essencial à vida, produzido pela respiração dos seres vivos, pela decomposição de plantas e animais, e também na queima de combustíveis fósseis e de florestas. O tempo de sua permanência na atmosfera é de 100 anos, no mínimo. O principal processo de renovação do gás é a sua absorção por oceanos e florestas. No início do século 21, o planeta Terra emite entre oito e nove bilhões de toneladas de CO2 por ano. Desse total, 80% vem da queima de combustíveis fósseis.

As emissões de substâncias químicas artificiais - sobretudo os clorofluocarbonos (CFC), desenvolvidos na década de 1930 para serem usados especialmente como fluidos refrigerantes em geladeiras e aparelhos de ar-condicionado - intensificam as reações químicas que destroem o ozônio. Sem a camada de ozônio absorvendo parte da radiação ultravioleta B (UVB) emitida pelo sol, as plantas teriam uma redução na capacidade de fotossíntese e haveria maior incidência de câncer de pele e catarata nos humanos.

A diferença entre efeito estufa e aquecimento global é que o efeito estufa é um fenômeno atmosférico natural, em que os gases da atmosfera funcionam como um anteparo, deixando passar a luz solar para seu interior, mas aprisionando o calor. Sem esse processo seria impossível a vida na Terra, já que a temperatura média seria 33o C menor. Já o aquecimento global é causado pelas atividades humanas e resulta no agravamento desse processo natural.

Quanto ao aparecimento de buracos na camada de ozônio, trata-se de um processo natural, já que, em certas épocas do ano, reações químicas na atmosfera produzem aberturas na camada, mas que depois se fecham. No entanto, a atividade humana acentuou esse processo.
 

Aquecimento global

As conseqüências da mudança no clima

Luiz Carlos Parejo*
Especial para a Página 3 Pedagogia & Comunicação
Oceanografia/USP
Tsunamis são algumas das catástrofes que podem se tornar freqüentes
Os relatórios do IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas) são alarmantes e traçam um cenário para os próximos 100 anos cheio de dificuldades relacionadas às mudanças climáticas causadas pelo efeito estufa e pelo aquecimento global.

A evidência mais óbvia do aquecimento global é que a temperatura média da atmosfera aumentou em 0,74ºC de 1906 a 2005 e poderá elevar-se em 6,4ºC até o final do século 21. Esse aumento provoca o derretimento do gelo nos pólos e nas altas montanhas. O relatório do IPCC indica que algumas áreas do globo já perderam áreas congeladas e que entre o ano de 2070 e 2100 todo o gelo do Pólo Norte estará derretido durante o verão. Se isso ocorrer, vários animais, como o urso polar, serão extintos.

Elevação dos oceanos

O derretimento do gelo provocará mudanças significativas nos oceanos, como redução da salinidade, aumento da acidez e sua elevação (de 1906 a 2005 o mar já subiu 30 cm, pelo menos, e até 2100 o nível médio dos oceanos vai subir mais 59 cm).

Acredita-se que o número de refugiados climáticos vai ser elevado, algumas ilhas do Pacífico serão inundadas e sua população terá de ser deslocada. Bangladesh (na Ásia) provavelmente apresentará uma das piores catástrofes da história da humanidade (por sua grande população, baixas altitudes e poucos recursos econômicos) e a Holanda (na Europa), que possui cerca de 35% do território abaixo do nível do mar, está se preparando e só em 2006 gastou entre dois e três bilhões de euros.

Foi observado aumento na temperatura das águas oceânicas a até 3 mil metros de profundidade, modificando as condições de vários ecossistemas marinhos, aumentando a umidade do ar e alterando a dinâmica da circulação atmosférica. Em alguns lugares as chuvas podem diminuir, como na Amazônia e no sertão nordestino, e em outros podem aumentar muito, como talvez ocorra nas regiões Centro-Oeste e Sul do Brasil.

Ocorrências extremas

Acredita-se que ocorrências extremas, como furacões e tornados fortes (do tipo F-5, o nível mais forte), tempestades, inundações, deslizamentos de solos em encostas, secas prolongadas, superaquecimento em algumas localidades e períodos (ondas de calor) etc., vão se tornar mais freqüentes.

Alterações de deslocamentos de ar na atmosfera, provocadas pelas mudanças de temperatura nos continentes e oceanos, podem mudar a distribuição das zonas de alta e baixa pressão atmosférica e causar a redução das chuvas. Alguns cientistas acreditam que isso ocorrerá na Amazônia brasileira e a floresta vai diminuir, cedendo lugar para o avanço do cerrado (processo chamado de savanização).

Os cientistas citam o furacão Katrina (nos EUA, em 2005), que matou cerca de 3.000 pessoas, e o furacão Catarina no Brasil (em 2004, o primeiro furacão conhecido no Atlântico Sul, fora da zona climática intertropical, onde normalmente os furacões se formam) como exemplos dessas alterações climáticas globais.

Mais doenças

Em 2003, o aquecimento anormal verificado na Europa provocou a morte de mais de 30 mil pessoas (quase todas idosas). Os europeus estão preparados para o frio intenso do inverno e não para o calor de 36ºC no verão, que foi gerado pelos ventos quentes vindos do deserto do Saara. As casas não eram adequadas para o calor intenso e aqueciam muito, atingindo temperaturas internas de até 70ºC e provocando desidratação acelerada, infarto, derrame, hipertensão etc. Durante a noite a temperatura não caía significativamente e o processo de desidratação continuava até o corpo não agüentar mais.

Algumas doenças podem proliferar nas próximas décadas, pois o aumento das chuvas e das temperaturas favorece os agentes e vetores de doenças infecciosas endêmicas, como febre amarela, dengue, malária, leishmanioses, diarréias infecciosas, cólera, leptospirose, hepatite A e outras. Os fatores climáticos podem acelerar os ciclos infecciosos e facilitar a dispersão espacial dos agentes microbianos e de seus transmissores.

As implicações do aquecimento global são inúmeras e a maioria dos governos e das populações não está preparada para enfrentá-las. Como cidadãos, podemos ajudar divulgando estas informações e nos organizando, além de exigir que os órgãos governamentais atuem para que os problemas que estão por vir sejam enfrentados da melhor maneira possível.
 

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